
Esse cenário abrirá uma infinidade de oportunidades para os mais diversos setores e o mercado de TI precisa e deve aproveitar essa carona.
Para atender aos grandes eventos, será necessário um investimento maciço em infra estrutura.
Tecnologias relacionadas à mobilidade, Business Intelligence, integração, dashboard, aplicações focadas em workflow, que ajudem na rápida tomada de decisões, serão alguns dos pilares que se destacarão nos próximos períodos.
Software como Serviço (SaaS) será outra importante tendência que crescerá muito no período dada a flexibilidade, rapidez e facilidade que proporciona às empresas.
Além das perspectivas serem muito positivas, é importante ressaltar também a recuperação vivida pelo mercado de TI no mundo em 2010.
Após passar por um ano de dificuldades (2009), segundo o IDC (International Data Corporation), esse segmento superou as expectativas de crescimento traçadas, de 3% a 4%, e fechou 2010 com aumento de 8%.
O Brasil, por sua vez, alcançou um resultado ainda mais agressivo e ultrapassou a marca de 21% de aumento, excedendo em mais de nove pontos percentuais a previsão feita no início do ano.
O mercado local movimentou um montante da ordem de US$ 34,9 bilhões e foi responsável por 47,9% dos investimentos feitos em toda a América Latina.
Parte desses resultados alcançados no Brasil foi alavancada pelas vendas de PCs.
Esse mercado passou por um verdadeiro boom e a meta traçada para 2013, de colocar o país entre os cinco maiores em vendas de PCs no mundo, foi concretizada já em 2010.
Embora todos os pontos acima citados sejam muito bons para o setor e deixem os fornecedores otimistas, temos pela frente ajustes importantes para fazer se quisermos estar prontos para aproveitar todas as oportunidades.
O primeiro deles refere-se à formação de mão-de-obra.
Hoje temos uma carência de 70 mil profissionais e se nada for feito, segundo estimativas do IBGE, esse número subirá para 200 mil nos próximos anos.
O segundo está relacionado à reforma tributária.
É fundamental tornar o país atrativo e mais viável em termos de investimentos. O terceiro pilar diz respeito aos custos atrelados a mão-de-obra e a folha de pagamento. A flexibilização das regras trabalhistas é um item crucial para o setor.
Esses são apenas alguns dos desafios que temos. Sabemos que eles não são fáceis de serem solucionados, mas são essenciais para pegarmos carona no cenário positivo que temos a nossa frente e posicionarmos o setor de TI num patamar realmente estratégico.
Potencial não nos falta, mas precisamos aparar essas arestas com urgência.