O país com o melhor Itic é a Suécia (95,8%), seguida da Islândia (95,5%). A média mundial é 49,1% e os países em pior colocação ficam em sua maioria na África. Além de Moema, outros oito bairros paulistanos (Jardim Paulista, Alto de Pinheiros, Itaim Bibi, Perdizes, Vila Mariana, Pinheiros Saúde e Consolação) estão na frente da Lagoa. Apesar das altas taxas de alguns bairros, São Paulo e Rio estão mal colocados no ranking nacional, em 19º e 20º lugares, com 71,8% e 71,6%, respectivamente. No ranking nacional, o estudo da FGV usa o Censo 2010 como base de dados. As melhores cidades São Caetano do Sul (82,6%), Santos (78,2%), Florianópolis (77%), Vitória (76,6%) e Niterói (76%). Segundo o economista Marcelo Neri, pesquisador do CPS/FGV e coordenador do estudo, essas cidades já se destacam em termos de renda per capita e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A pior cidade do País no ranking do Itic é Fernando Falcão, no Maranhão, com 3,7%. O pesquisador da FGV também chamou atenção para o Itic do Complexo do Alemão, conjunto de favelas na zona norte do Rio, que ficou em 50,8%, o pior do Rio, mas ainda assim acima da média nacional e mundial. “O Complexo do Alemão é uma área pobre em uma cidade rica”, explicou Neri, completando que as áreas pobres em cidades ricas aproveitam-se da mesma infraestrutura, diferentemente das áreas rurais. Ligações ilegais de internet e telefone também podem influenciar na pesquisa. Marsilac, bairro com pior Itic em São Paulo, registrou taxa de 42,55%. Entre as conclusões do estudo, Neri chamou atenção para a abrangência do celular em países como o Brasil.
Excluído do índice o acesso à celular, o Itic do Brasil
cai para 39,3%, mas sobe para 70º no ranking global. Dessa forma, Neri defendeu
a importância de se utilizar os telefones móveis nas políticas de inclusão
digital, em vez, por exemplo, de universalizar o acesso a computadores.
Fonte :http://blogs.estadao.com.br/link/desigualdade-digital-ainda-e-alta-no-brasil/
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