Em continuidade ao que foi exposto anteriormente, torna-se inevitável o questionamento quanto ao processo de certificação. Afinal de contas, se o foco principal é preparar o candidato para a prova, fazendo-o decorar e treinar à exaustão tópicos, problemas e tendências bastante específicos e recorrentes neste tipo de prova, onde entra a verificação do preparo do candidato para eventualidades e imprevisibilidades, tão corriqueiras no mercado de trabalho?
Ainda deve-se considerar o fato de que, por se tratarem de seres humanos, candidatos extremamente competentes e capazes podem eventualmente estar num momento difícil, que pode interferir negativamente no seu desempenho teórico nas provas, mas não necessariamente irão interferir em suas aptidões, instintos, noções de ética, bom senso, etc.
Neste ponto chega-se num assunto que geralmente tende a um comum acordo, no sentido de que muitos dos processos de obtenção de certificações poderiam ser revistos, passando a verificar não apenas se o candidato é capaz de passar numa prova específica, mas também aplicando uma série de avaliações, num determinado período de tempo, cujo enfoque principal seria analisar o candidato quando este fosse colocado diante de situações baseadas em casos reais e práticos. Esta análise teria como objetivo não apenas validar conceitos e conhecimentos teóricos, mas sim a resposta, reação e conduta do candidato, quando colocado em situações que ele inevitavelmente enfrentará após ter obtido uma certificação de TI.